Green Hill

Já estava para publicar este local desde que o projeto Abandonados começou, pois foi o primeiro lugar que visitei e que me despertou a atenção pelos locais abandonados. Curiosamente, também foi a primeira discoteca que frequentei durante a adolescência.

A Green Hill, na Foz do Arelho, foi uma instituição, um ícone dos anos 80 e 90 que marcou três gerações e que abriu todos os fins-de-semana durante 30 anos. Fechou em 2013. A crise, a falta de receita gerada pela discoteca nos últimos anos e os custos de manutenção ao edifício podem explicar porque razão morreu. Mais informações sobre a história no Público.

A primeira vez que visitei a Green Hill, depois do seu encerramento, foi em 2014, durante uma saída noturna com uns amigos, estávamos a falar que a zona das Caldas da Rainha (de onde sou natural), estava muito parada e que fazia falta um lugar como a Green Hill. No decorrer da conversa, alguém mencionou que a discoteca estava abandonada e aberta. Nessa mesma noite resolvemos lá passar e explorar um pouco.

O local já estava em bastante mau estado nessa altura, tinha sido literalmente pilhado, mas ainda restavam alguns elementos interessantes, como discos de vinil antigos, cd’s, várias peças de decoração como estátuas e cartazes. No piso superior, lembro-me de uma sala com uma secretária, que numa das gavetas tinha imensos documentos de identificação, provavelmente documentos que foram perdidos no interior da discoteca.

Infelizmente, nessa altura não tirei fotos do local e não capturei esses elementos que falo, fui voltando durante os anos seguintes e fui acompanhando a degradação desta mítica discoteca. Hoje em dia, o terreno e a discoteca estão à venda por 1.290.000 euros. Há uns meses, foi colocado um grande cartaz a indicar “Vende-se” e segundo consta já, existem interessados em adquirir o local. A Green Hill não vai voltar, não faria sentido acontecer atualmente, mas quem sabe um hotel, pois a localização é ideal para isso, tendo a praia da Foz do Arelho ao lado e uma vista incrível sobre a Lagoa de Óbidos.

 

André Ramalho

Sou um apaixonado por fotografia e locais abandonados, e por isso resolvi criar este blog, com o intuito de partilhar os meus registos e aventuras.

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