Convento do Monfurado
Num fim-de-semana de passeio por Évora com a minha namorada e um casal amigo, consegui tirar um tempinho e visitar o Convento de Nossa Senhora do Castelo das Covas de Monfurado, também conhecido como Convento do Monfurado.
O nevoeiro era intenso, a chuva também, mas a vontade de chegar ao local era maior ainda. Infelizmente, já no local, constatei que o teto da nave central tinha desabado, fiquei espantado com o tamanho do edifício e também pelas pinturas que ainda existem no interior. Percorri o convento de cima abaixo, passei pelo claustro, cripta e pelos quartos dos monges.
O convento foi fundado no início do séc. XVIII por um grupo de eremitas que viviam na Serra de Monfurado. Habitaram primeiramente em cavernas e abrigos, que na verdade foram minas romanas que se localizam nas proximidades do atual monumento, onde se isolavam do mundo e dos pecados que os tentavam.
Baltasar da Encarnação foi um monge, que pelo exemplo da sua conduta conquistou fama e merecida simpatia em todo o Alentejo. João de Vilalobos e Vasconcelos (nobre descendente do morgado da vizinha Torre do Carvalhal) resolveu ceder a Baltasar e aos restantes eremitas algumas terras na encosta da serra, para edificarem uma residência comunitária, que acabaria por tomar o nome de Convento de Nossa Senhora do Castelo das Covas de Monfurado.
A primeira missa foi rezada em 1738, mas o edifício sofreu muitos estragos com o terramoto de 1 de Novembro de 1755. Foi reconstruído e em 1834 foi abrangido pelo Decreto da extinção das ordens religiosas tendo passado para as mãos de privados. Teve, no entanto, culto até ao início do século XX e as casas que o circundam foram habitadas até aos anos 80 do século XX.
O Convento situa-se numa propriedade particular, que tem algum gado à solta e está classificado como imóvel de interesse público. Foi uma aventura molhada, mas muito positiva. Já tinha este local assinalado para visitar há vários anos e fiquei feliz por finalmente ter conseguido fotografá-lo.
O acesso é fácil, quer de carro quer a pé?
Parte do caminho pode ser feito de carro, o resto recomendo a pé, até porque passa por terrenos privados para chegar ao local.
Bonjour,
Nous y sommes allés ce week-end, quel édifice ! Nous avons eu la chance d’avoir beau temps, et donc avons pu prendre le temps de nous perdre dans le dédale de couloirs. J’ai été vraiment très impressionnée par le bâtiment, mi enfouis dans la végétation mi visible.
Merci pour la découverte 🙂